segunda-feira, 2 de maio de 2011

No ritual secreto II

No final da ultima postagem o Dr.Gomide me questionou por não tentar explicar a sociedade o que é a Ciência Aieme e apesar de não ser ouvido nem pela mídia, nem pelas autoridades eu deveria insistir. Como resposta expliquei a ele que havia tentado várias e várias vezes, mais como as tentativas foram enormes frustrações para a minha pessoa e para não me desgastar, resolvi me dedicar a editar através da Internet a Ciência Oaieme e seus sistemas e cuidar da manutenção, revisões e os aprimoramentos possíveis a Ciência Aieme e isso me consome a minha jornada de trabalho diário. Acho que tenho que me preocupar com aqueles que visitam o Site e o Blog periodicamente e devem estar estudando e pesquisando a partir de seus interesses ou questionamentos. Ele me escutou em silêncio e depois de algum tempo coçando sua branca barba falou:
- Estou com você. Devemos dar atenção aos interessados e não aos indiferentes.
A conversa estava animada mais o Dr. Roberto interviu:
- Gente já se faz tarde e amanhã temos que treinar o ritual é melhor encerrarmos o contato. JB aguarde ainda hoje o contato de Celso ou da Sheylla.
- Então até breve, vamos sair do ar.
Saímos do ar mais Theu fez um comentário.
- Este trágico evento da escola lhe deixa um bocado aborrecido. Cmte.
- Sim Theu e muito ainda mais que, todas as pessoas da área de educação a quem mostrei ou falei da Ciência Aieme fizeram pouco caso do Método e até me trataram com certo desdém.
- Compreendo Cmte e em sendo assim não perca tempo em tentar contatá-los uma outra vez. Até amanhã.
- Até amanhã Theu.
Eram mais de uma hora da manhã e a noite continuava bastante quente como ouvi risadas e vozes vindas do quintal de Elenice gritei para ela que iria até lá. Ela sempre com seu ar brincalhão respondeu:
-Já chegou?
Fui lá e acertei com ela para ficar com a Mãe dois dias. Tudo acertado voltei para casa e depois de um bom banho com a água do poço artesiano me recolhi. Estava quase a conciliar o sono quando o celular foi acionado. Era o Celso.
- Desculpe JB mais tivemos vários contratempos e nos atrasamos. Podemos apanhar você as nove?
- Combinado. Estarei aguardando.
- Até amanhã. Desligo.
No dia seguinte Elenice chegou cedo e como ela já estava a par dos procedimentos da casa, fui me arrumar. Eram quase oito e meia quando Celso e Sheylla chegaram. Entraram foram cumprimentar a Mãe e depois de um breve papo com ela partimos. Durante o trajeto quase não falamos até quando Sheylla me ofereceu jornais do dia. Não quis nem olhar para eles.
- Não é de estranhar que você não queira ler os jornais. Só editam notícias ruins e manchetes de baixo nível.
- Existem notícias boas mais elas não interessam ao sistema que sejam publicadas. As noticias boas alegram e fortalecem as pessoas. As ruins as dividem assim como as colocam em pânico coletivo e enfraquecidas tanto moral como espiritualmente. Aí o diabo toma conta de tudo e o resto você sabe como é e como fica.
- Um dia isto terá um fim JB.
- Chegamos gente. Informou Celso.
Saltamos do carro e depois de Celso dar as chaves do mesmo a um senhor entramos no aeroporto e fomos direto para o hangar onde um Phenom 300 – Embraer nos esperava já de motores acionados. Da porta, uma jovem simpática acenou com os braços e Sheylla indagou.
- Estamos no horário ou atrasados?
- Não Sheylla. Até adiantados.
Entramos no avião e nos instalamos nas confortáveis poltronas, a moça fechou a porta e depois de alguns procedimentos de rotina fez um sinal de positivo para o piloto. Depois de um rápido diálogo com a torre de controle, a aeronave começou a taxiar na pista. A moça sempre sorrindo nos serviu um suco de abacaxi e explicou que realizaríamos duas paradas, uma em Salvador e outra em Recife para recebermos encomendas da Molécula. Adormeci e só acordei em Salvador como chovia o avião taxiou até a entrada de um hangar e rápidos dois senhores entregaram malotes e após alguns minutos partimos. Em Recife os procedimentos foram os mesmos. O voo transcorria tranquilo. Conversávamos sobre vários assuntos quando já a uma meia hora da Molécula I – Canudos o pequeno avião começou a vibrar e a demonstrar que algo estava interferindo no seu desempenho. O piloto demonstrando apreensão falou:
- Olha gente. Não há nada de errado com o avião, porém algo o está afetando. Estes aviões são altamente seguros e versáteis. Não sei e nem imagino o que possa ser. Parece que algo ou alguém está tentando fazer com que o avião emborque. Ponham os cintos e seja o que Deus quiser.
Colocamos os cintos e durante uns quinze minutos ficamos tensos na expectativa dos acontecimentos, porém como não aconteceu mais nada, respiramos aliviados. Quando estávamos discutindo o que poderia ter acontecido, uma pequena esfera lilás e translúcida apareceu no centro da cabine a uma altura de mais ou menos uma pessoa para surpresa de todos.
-Nossa. Ele é um etesinho. Mais como ele entrou nesta bolha?
- Caramba. JB. Ele não é seu amigo? Indagou Sheylla.
- Olá Cmte Jotha. Olá pessoal. Eu sou Dhoren e responsável pela segurança do Cmte. Esta é uma sonda telexiônica unidimensional e está conectada a aura do Cmte. O que houve é que o comandante de uma nave furtiva chinesa resolveu fazer uma brincadeira de mau gosto realizando voos rasantes por cima do Phenom de vocês mais como colocamos o Phenom dentro de uma bolha telexiônica unidimensional, o avião chinês não pode detectar vocês. Eles estão pensando que o Phenom caiu, por isso, estão voando em círculos tentando encontrá-los. Devido aos voos de reconhecimento praticado por eles sobre a Molécula I – Canudos o Cmte Rudron já veio para cá e está aguardando ordens de procedimento. Ele sugere dar um pequeno susto nos chineses. Autoriza isto Cmte?
- Um pequeno susto não, mais um sustinho mais forte, mais que seja bem dado.
- Tudo bem Cmte. Prossigam normalmente para a Molécula. Ainda restam vinte minutos de voo. Pela sonda vocês podem assistir o tal sustinho. A nave do Cmte Rudron vai se transformar em um Phenom 300 virtual e perseguir os chineses com raios mais os raios serão inofensivos.
Dizendo isto Dhoren saiu de cena e toda a região apareceu inclusive a aeronave chinesa voando abaixo das nuvens.
- Nossa! Ets, Óvnis, aviões invisíveis, raios. Que barato! Exclamava a moça sacudindo Sheylla.
Todos observavam a pequena sonda à espera do que poderia acontecer. De repente saindo de dentro de uma nuvem um Phenom 300 começou a disparar raios na direção do avião furtivo. O avião fez várias manobras tentando ficar numa posição em que pudesse atingir o Phenom 300 com sua artilharia. Não obtendo êxito, disparou um pequeno míssel inteligente mais o Phenom 300 o explodiu assim que foi disparado. Naturalmente o pessoal de bordo sentindo que o inimigo era a sua altura deram uma guinada rumo ao Este a toda velocidade. O Phenom 300 continuou a perseguição, disparando de vez em quando raios na direção do avião furtivo e só parou pelo que entendemos quando eles passaram das duzentas milhas marítimas no Atlântico.
- Pronto Cmte. Tarefa concluída vamos sair do ar. Mais alguma coisa?
- Não Dhoren mais amanhã estejam atentos, será o dia do ritual de expulsão dos espiões.
- Pessoal vamos aterrizar. Fiquem sentados. Poxa, mais que viagem! Exclamou o piloto.
No hangar, um carro nos esperava e enquanto Sheylla abraçava a motorista nos instalamos. Elas pareciam se conhecer a muito tempo, pois foi preciso o Celso chamar a atenção sobre o horário para elas entrarem no carro. A motorista era uma indiazinha sorridente e Sheylla fez questão de nos apresentar elogiando seus dotes.
-JB e Celso, Maria Rita é uma indiazinha Fulni-Ó e uma de nossas promessas no mundo da Física.
- Mais ela não é motorista? Indaguei meio arrependido com a pergunta.
- Sim. No seu mundo isto seria anormal mais nas Moléculas isto faz parte do dia a dia de todos. Dos vinte aos trinta anos todos obedecem a uma escala de prestação de serviços relevantes que vão desde lavar banheiros a capinar ou desde lavar louça nas cozinhas a lavar roupas. E até hoje nunca houve reclamações ou insubordinações.
- Senhor, ouvi falar que o sistema de educação da Molécula está montando um projeto que visa editar um dicionário onde todas as línguas indígenas e a brasileira vão ser seu conteúdo. Isto é verdade? A nossa também está incluída?
- Claro que sim, pois temos a pretensão de salvar todas na sua pureza de teor e forma. Este projeto demandará muito tempo e pesquisa mais é um objetivo educacional e cultural da Molécula em caráter irreversível.
- Que bom! Exclamou a indiazinha.
A conversa estava interessante mais como chegáramos à portaria do hotel nos despedimos das moças e já no apartamento Celso foi dando as orientações para o resto do dia.
- JB vou pedir para trazerem duas refeições de verão. São três horas da tarde e precisamos descansar. As seis temos treinamento de ritual e logo em seguida teremos que nos encontrar com a equipe do Dr. Rubens. Um grupo de professores e alunos do fundamental estarão presentes.
De imediato pelo celular Celso pediu as refeições e eu fui tomar um banho. Quando saí do banho as refeições chegaram e tive que atender a entrega, pois Celso cantarolando ainda estava na ducha. Esperei que ele sentasse à mesa e almoçamos em seguida, recolhi-me a uma gostosa rede e adormeci. Só acordei quando Celso apavorado sacudia a rede.
- JB estamos em cima da hora. Só faltam quinze minutos para o treinamento começar e ainda estamos aqui.
Rápido vesti-me enquanto Celso procurava seus óculos.
- Vamos pelo elevador de serviço. É mais rápido.
Quando chegamos a calçada um dos espiões, um chinês, parou Celso para perguntar algo. Celso na impaciência respondia entre os dentes. Um pouco distante ainda escutei o chinês reclamar: -Pôxa!Que má educação deste rapaz!
Chegamos ao edifício onde se daria o treinamento e subimos as escadas correndo. Ao entrarmos na sala o Dr. Roberto sorrindo falou:
- Para que esta correria Celso? De qualquer maneira nós esperaríamos vocês. Amanhã é que não pode haver atrasos.
O Dr. Gomide indicou os lugares onde deveríamos sentar e o treinamento começou. Conseguimos realizar três treinamentos no espaço de trinta minutos e como se deu tudo como certo os trabalhos foram encerrados.
Despedimo-nos dos presentes e por sugestão da Sheylla fomos assistir um torneio de vôlei em um sofisticado e amplo ginásio. Já íamos entrando nas dependências do ginásio quando Celso exclamou:
- Caramba. Sheylla nós temos que ir à reunião proposta pelo Dr. Rubens. Sua equipe, professores e alunos estão a nossa espera. Ainda bem que estamos dentro do horário.
Dizendo isso Celso fez sinal para que atravessássemos a rua.
- Não é o prédio da esquerda Celso, é o da direita gritou nervosa Sheylla.
Quando íamos entrando no saguão pude ler uma placa a direita da entrada: Centro de Pesquisas Avançadas - Educação e Cultura.
Dois jovens se aproximaram sorridentes e nos convidaram a entrar no elevador.
- Todos já estão no salão de Conferências e as crianças estão ansiosas por conhecê-lo Sr. JB.
Respondi que era uma honra está ali e em fazer contato com todos.
O elevador parou e nos dirigimos para o salão e nele fomos diretos para a mesa. Depois das devidas apresentações o Dr. Rubens anunciou que iríamos assistir uma apresentação de um vídeo concernente ao emprego do Acelerador Intelectual na sala de aula e em seguida eu responderia a uma bateria de perguntas e finalmente para terminar daria uma palestra rápida.
As luzes se apagaram e o vídeo foi apresentado. Cenas dos primeiros contatos das crianças com o Acelerador Intelectual, suas pesquisas, seus estudos e seus momentos onde o debate sobre assuntos vários norteou as aulas. Em um gráfico específico se demonstrou o avanço inconteste dos alunos e seu aproveitamento escolar.
Fiquei feliz com o vídeo, respondi um montão de perguntas e após realizar uma pequena palestra o Dr. Rubens ia dar o encontro como encerrado quando fomos surpreendidos por uma aluna:
- Sr. JB será que o Senhor podia da uma lidinha neste resultado que elaborei e dar um autógrafozinho no meu caderno?
Não pude dizer que não me sentei e calmamente li o teor e forma de seu trabalho em seguida levantei-me e abracei-a. O teor e forma de seu trabalho era este;
O MESTRE
Se ser só em ermo e reto setor é ter sorte, este mestre tem. E se em esmero oro e o som e o tom é em ré, temo e me tremo; me remoi o ser, tese, teores e termos este mote: O MESTRE.
More o esmero, o RETO METRO, teor, tese e termos em RETO SETOR. Se és RETO MESTRE e se tem tese, teor e termos e em RETO SETOR é só esmero, o SÓTER MESTRE te some o RETO METRO e sorte te é mero mote.
Se és mestre em esmo, se és só tese e se treme em meros termos, és só o resto em RETO SETOR e o temor te mostre o ermo e estremo setor morte.
Se és RETO MESTRE e és teso, ore. E o SÓTER MESTRE te some sorte, tese, teor e termos em RETO SETOR.
Se és mero mestre em esmo, o RETO METRO te tese, te tose e te tome em rés, sorte, tese, teores e termos em RETO SETOR.
No temor, orem o RETO MESTRE e o mestre em esmo sem meros termos. E só ores em RETO SETOR e o RETO MOTE é este: SER MESTRE É SER RETO, TER TESE, TEORES, TERMOS E ESMERO!!!
Pacientemente li o trabalho de cada um e não deixei de parabenizar um por um. Que maravilha, eles dominaram a Ciência Aieme e seus Métodos!
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**** O olho que dizem que tudo vê, olha o Mundo e não me enxerga pois no Ontem não era, no Hoje não é e no Amanhã nunca será. No entanto Eu olho o Mundo e o olho que dizem que tudo vê: Eu o vejo e o enxergo pois no Ontem Eu era, no Hoje Eu sou e no Amanhã sempre serei porquê na Eternidade das Eternidades, Sou Um de D*E*U*S*.

**** Eu vim, vi e venci e nem “eles” me viram nem tu me viste.
**** Um abraço a todos, até o próximo artigo e Inté.
**** Independência ou Sorte. O Aedo do Sertão

**** Fim.


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