segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os alienigenas

Nos idos dos anos 60 me atrevi a ser garimpeiro por insistência de um párea que vivia de catar ferro velho e papel no centro da cidade. Até hoje não sei como nos tornamos amigos. A ilusão da fortuna fácil e suas histórias mirabolantes levaram um amigo o VV e eu a nos aventurarmos em algumas pesquisas e tentativas no Espírito Santo que redundou em incríveis acontecimentos. Mais foi aqui mesmo mo Rio de Janeiro, que o maior e mais absurdo de todos eles aconteceu.
Até aquela data, nunca acreditei na existência de Ovnis. Para mim, eles nada mais eram do que jogadas de propaganda subliminar de americanos e russos no intuito de manter a Humanidade no medo ou na expectativa de acontecimentos desastrosos. Esta situação os colocavam a mercê dos escusos desígnios dessas potências. Não sei precisar o ano mais talvez tenha ocorrido entre 1967 e 1970. Dois rádios técnicos morreram misteriosamente no Morro do Estado em Niterói e tais mortes nunca foram esclarecidas. Os relatos da época davam como certo que eles subiram o morro e nunca de lá desceram como narraram os moradores. O que a policia encontrou no alto do morro foram apenas duas máscaras de chumbo os corpos e o capim queimado tinha a forma de um grande circulo. Este caso foi comentado pela imprensa por muito tempo.
Quando aconteceu este fato, nós três estávamos nos preparando para ir mais uma vez catar escórias de pedras preciosas num morro próxima a represa de Ribeirão das Lages. Íamos lá umas duas ou três vezes ao mês e sempre trazíamos ametistas, topázios, cristais e uma vez uma turmalina de razoável valor. Como já tínhamos sido expulsos pela policia algumas vezes por nos encontrarem cavando próximo a represa cujas margens são previstas como área de segurança, trabalhávamos só à noite a luz de lanternas. Naquele dia insólito já estávamos satisfeitos com o que tínhamos achado e fomos acampar numa serra que dá para Mangaratiba. A nossa ideia era não voltar pelo morro do Mazomba para não sermos interceptados, descansar e no dia seguinte partiríamos ainda céu estrelado para Mangaratiba. Era já madrugada talvez lá pela meia noite, VV e eu estávamos deitados em um enorme lajedo e o velho Paulo encostado ao lajedo. fazia farofa e estava a coar um café tropeiro. Como era uma noite fria e sem nuvens as estrelas no céu pareciam estar a metros de nossa mão. Era impressionante a cena. 
Deliciava-me com o espetáculo mais me recriminava pois, nunca me preocupei em saber o nome de estrelas nem a real localização das constelações. Ao meu lado, VV cantarolava uma canção da época, “Mangangá da barriga amarela”. Só que de repente ele parou e isso foi o sinal para eu perceber o que estava acontecendo. Uma enorme estrela parecia boiar no céu e pulsava. O velho Paulo deu um muxoxo e espraguejou. De repente, senti uma terrível fisgada na nuca como se alguém estivesse me enfiando uma fina agulha. Imediatamente um som explodiu dentro de minha cabeça e seu eco é como de milhares de sinetas bimbalhando ao mesmo tempo. Nada falei sobre. Nesse momento, a estrela ou Óvni partiu rumo ao infinito deixando para trás por alguns segundos uma esteira alaranjada. Como todos olhavam para o céu VV falou:
- Se vocês viram, eu também vi.
- Isso é coisa do caipora, esbravejou o velho Paulo.
Mediante o ocorrido, resolvemos comer e partir imediatamente para Mangaratiba aonde chegamos em cima da hora da partida do trem para o Rio.
Dentro do trem os três permaneciam calados e meditabundos. Mais de uma coisa eu tinha certeza: a partir daquela data o bem e o mal disputariam seu trono dentro de minha cabeça.
**** O olho que dizem que tudo vê, olha o Mundo e não me enxerga pois no Ontem não era, no Hoje não é e no Amanhã nunca será. No entanto Eu olho o Mundo e o olho que dizem que tudo vê: Eu o vejo e o enxergo pois no Ontem Eu era, no Hoje Eu sou e no Amanhã sempre serei porquê na Eternidade das Eternidades, Sou Um de D*E*U*S*.

******** Eu vim, vi e venci e nem “eles” me viram nem tu me viste.**** Um abraço a todos, até o próximo artigo e Inté.**** Independência ou Sorte.  O Aedo do Sertão
**** Fim.


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